segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Viajando em Pensamentos... Os meus pensamentos...

Andei caminhando por ai... Dentro dos milhares de lares da minha alma...
Andei por ai... Sorri por ai... Chorei por ai... Vivi por ai...
Andei sim... Andei dentro dos meus pensamentos e das minhas confusões... Encontrei motivos, descobri desculpas, escondi verdades... Talvez eu tivesse um certo medo sim, mas quem não tem na realidade!
Enlouqueci enfim... Ou talvez tivesse de enlouquecer mas antes mesmo apenas não detinha de tal coragem... Ou será que por medo da realidade eu encontrara a loucura para poder me abster de coisas que nem eu mesma conseguira compreender?
Trafeguei por mares de desilusões... Talvez as devesse enfrentar de outra forma, mas é de minha natureza ferir-me por outrem...
Mergulhei nas águas do impetuoso e devastei toda consideração. No momento da ira você mal consegue concentrar-se racionalmente do porque da mesma, pois ela lhe toma por completo e você foge de si.
Parei.
Precisava!
Era só questão de tempo até que eu quebrasse minha própria alma. E uma alma quebrada é por deveras pior que um coração... o coração lhe da a oportunidade de recolher os cacos, mas a alma se despedaça de tal forma que torna-se irreconstituível.
Pensei
Precisava analisar toda a minha situação. Tanto a atual como a pela qual eu passara. Era preciso dentro de mim mesma examinar prós e contras e organizar o meu mundo caótico. Não era pensando em mim ou em outro, mas em tudo!
Senti.
Era penoso pensar no que se passara mesmo que já não fizesse mais parte do meu presente e representasse apenas uma página do meu passado desgostoso. Analisei fatos e tomei por fim conclusões.
Decidi.
Não conclui exatamente um ponto final nos pensamentos, mas decidi que deveria auto analisar-me para que futuramente ou brevemente, de acordo com minhas expectativas, pudesse chegar a uma conclusão definitiva de uma ação final. Precisava ter a certeza de que atitude tomar a fim de não cometer erros e injustiças comigo mesma. Sim, comigo mesma. Pensara muito em outras pessoas e por tal motivo sempre acabara por magoar-me, então agora pensaria em mim mesma a fim de encontrar o melhor para mim.
Interroguei.
Perguntei para o meu todo o que eu deveria fazer, e o medo pronunciou-se como o pioneiro de minhas ações.
Revoltei.
Não deveria ser medrosa. O que tivesse de acontecer aconteceria ou por bem ou por mal. Quisera eu que fosse por bem... Mas decidi que, enfim, o que tiver de ser será.
Sentei outra vez naquele cantinho do meu quarto que tão bem me conhece e pensei outra vez...
Pensei...
Pensei...
Pensei...
Pensei...
O que eu queria para mim naquele momento?
Oh sim, eu desejava não ter de voltar a pensar sobre aquelas coisas.
O que eu deveria então fazer para não pensar?
Bem eu deveria escolher entre aceitar ou não o fato ocorrido, já que aceitando eu esqueceria e se fosse o contrário minha mente ficaria tranqüila por fazer o certo, e assim eu também esqueceria.
Sim, bastava aceitar ou não. Porém eu sabia que jamais aceitaria, e não aceitar implicaria em um me esquecer por outro meio... Mas este meio em questão também não me agradava. Não desejava causar dor ou criar uma pequena guerra.
Que faço então?
Ou o que não faço?
Por fim voltei ao motivo dos meus pensamentos: o que fazer?
Tanta volta pra terminar no mesmo lugar...
Ou talvez eu não tenha necessariamente de terminar no mesmo lugar em questão...
Agora não dependerá da minha pessoa a causa da minha futura decisão, analisarei os fatos e TODAS as pessoas, as suas atitudes e os motivos pelos quais as tomaram, e quando eu tiver a certeza do que desde o início [ou fim daquele começo] eu pensava em fazer, então eu colocarei um ponto final nesta situação. Ponto este que há muito já deveria ter sido colocado...
E que fique bem explicado desde já que eu não irei mudar para agradar quem quer que seja, e também não peço que os outros mudem por mim, só peço que percebam as coisas escritas nas entrelinhas de todas as minhas ações, e que depois não me julguem ou sufoquem com aquilo que pensam que eu amo, venero ou admiro. As pessoas são como são, e não podem ser moldadas por outro ao não ser Deus, e mesmo Ele tem certa dificuldade nisso...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Desabafando sem palavras...

Fugindo totalmente dos textos prontos, das letras de música, das piadinhas, das histórias ou de qualquer outra coisa que tem no blog, hoje eu decidi escrever à mão livre mesmo... To precisando desabafar sem dizer nada... Expressar o que eu sinto sem medo algum de consequências. E que se foda!


Lá vai...


Navegava em águas turbulentas e escuras, não via o fundo e não sentia meus pés. Não tinha chão. Não tinha visão. Pulava nas palavras e não demonstrava qualquer ação. Enlouquecia dentro da minha própria mente. 
Mergulhava dentro de um mundo desconhecido até por mim mesma.


Decidi navegar nas águas do seu coração, viajar no seu semblante sereno, me atirar nos teus braços protetores. Quando decidi abrir a janela da minha lama pude me ver dentro do reflexo dos teus olhos. Por um brecha encontrei o caminho e segui até seu coração. Desejava saber onde estava a caminhar tão perigosamente. Caminhava em ovos? Não. Caminha por sobre uma alma, por sobre um querer, um desejo, uma forma diferente que eu descobria a cada momento de um gostar. E que gostar maravilhoso. 


Procurei rachaduras nas pilastras sólidas por medo de que o céu mais uma vez desabasse sobre meu coração. Minha alma, machucada, temia não ser compreendida e se escondia em mim a cada minuto que do teu lado ficava. Aos poucos meu corpo se fechava, minhas palavras se calavam dentro da minha boca, meus lábios mal podiam te tocar. Havia um medo enorme em mim em realmente gostar. 


Me espírito ambicioso por um amor sincero e puro, totalmente meu, procurou perigosamente dentro de você coisas pra concertar pra não te achar a perfeição. Não o conseguia. Tentou testar pra saber o quanto era o que dizia ser. Mas que intensidade! Grande! Enorme! Gigante! Mal lhe cabia no peito e transbordava em mim também. Contagiava a mim de tal maneira que aos poucos meu coração foi laçado outra vez. 


Duraria isso? Talvez durasse, mas não o foi. E eu o previ sem desejar que assim fosse mas tendo a certeza de que seria. Minhas palavras me iludiam . Sua gentileza, carinho e amabilidade me cegaram. Me esqueci por momentos em seus braços o quanto era doloroso a perda de um alguém assim. 


Senti n'alma um punhal me cortar em pedaços. Vi desmoronar de repente a minha frente a casa de felicidade, amor e carinho que eu havia construído tijolo por tijolo. Vi outra vez meus pés adormecerem até que eu não mais pudesse sentir o chão. Mantive firme como rochas sólidas o meu orgulho. Aguentei até onde meu coração pode suportar. Sequei a última gota de lágrima e ergui meus olhos por sobre meus ombros. 
Recompus outra vez minha alma. 


Esta fora apenas mais uma decepção para a minha coleção. E que grande coleção... Tão pouco vivi até hoje e tantas tristezas já tenho cravadas n'alma...


Eu que achava que tudo ia bem, tão tranquilamente seguindo seus curso como as águas de um rio. Mas as águas de um rio sempre se chocam com o mar e então sempre haverá uma explosão seja como for.  


Você me causava um efeito por demasiado estranho. Lhe queria sempre perto, sentir seu cheiro, ficar aninhada em seus braços, sentir proteção como nunca antes eu havia sentido, porque sempre eu dera a proteção e nunca pudera exigi-la em reciproca. Eu me via em você. Cada milimetro da sua alma correspondia exatamente à minha. Tudo que eu procurava em alguém podia encontrar em você. Quando me olhava me tocava nas feridas ainda não cicatrizadas de outros tempos e outras histórias, e conseguia aos poucos selá-las dentro de mim de uma forma que não mais me assombrassem feito fantasmas. 


Você fora muito e e pouco ao mesmo tempo... Muito mais do que eu precisava e pouco confiante em mim, no que eu sentia. Você não me perguntava e eu tinha medo em dizer e como das outras vezes você, assim como os outros, fugir de mim. E você sumiu... Sumiu por eu não dizer... Por eu apenas temer te perder... 


Sentada naquele cantinho que bem conhece minhas lágrimas eu me desafiei a uma coisa agora... Vou arrancar até o último centímetro de sentimento do meu coração e o congelarei de uma vez por todas. Não hei de sofrer assim outra vez por ninguém, porque eu não hei de gostar de mais ninguém... 


Vou me selar em mim mesma. Vou calar o que significa gostar ou amar. Não sentirei mais nada com tal intensidade. 


Você poderia ter sido o cara, mas preferiu ser apenas mais um deles na minha humilde e tão pequena vida. E pelos próximos dias que seguirão o juízo não mais tomará conta das minhas atitudes. Hei de fazer como sempre deveria ter feito. Não serei mais coerente, se a coerência me atrapalha, não serei mais sóbria se sóbria eu sofro. Viverei o lado negro da minha dor para que ninguém mais possa saber de nada doce sobre mim, ninguém mais poderá ver a minha alma, nunca mais demonstrarei a minha fragilidade. A partir de agora não medirei consequências, farei acontecer tudo o que puder mesmo que não valha a pena.


Minhas mãos estão calejadas de tanto catar os cacos do meu coração que sempre está a se partir por pessoas que não o merecem. 


Meu olhar não será mais sereno, se a serenidade me impedir de enxergar a alma. 


Aqui eu faço um juramento:


Se não for como num sonho, não será como na realidade.


A partir de agora peço: se não me fizer voar alto e me apanhar quando eu for cair, então por favor nem me faça tirar meus pés do chão.


Preciso terminar de pegar os cacos do meu coração e então seguir com minha missão. 


E se Deus colocar em meu caminho outra missão a qual seja mais importante então a farei... Mas somente adiarei o inevitável...


Aqui fica um último sorriso triste...
Um último beijo amargo...
Uma última lágrima obscurecida pela tristeza...


Até o próximo post...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Então é Natal...

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O ano está acabando e o natal está chegando...

Desde criança me pergunto sobre a finalidade do Natal.

Em casa minha mãe, meus tios e tias, os primos mais velhos, meus avós... Todos usavam o mesmo repertório:
"Natal é uma data pra se comemorar em família, é um dia em que todos esquecemos de todas as coisas ruins, das brigas, desavenças e preocupações. Todos nos reunimos para prosperar e dividir algumas horas de paz. Sermos bons uns com os outros, saudarmos o aniversário de Jesus Cristo que nasceu neste dia, enfim, é uma data para sermos felizes e ficarmos em paz". 

Até então eu entendia perfeitamente que segundo a bíblia da religião católica Jesus Cristo havia nascido nesta data e por tanto ela era considerada natal. O que não entrava na minha cabeça era o que o papai noel tinha a ver com tudo isso!

Óbvio que eu também perguntava e a resposta também era sempre a mesa: "Noel era um senhor rico e sozinho que vez ou outra dava brinquedo às crianças pobres e carentes. Quando um dia alguém lhe perguntou por que não fazia o mesmo para com as crianças de outros lugares ele, então, decidiu sair pelo mundo dando brinquedos a todas as crianças. Mesmo as ricas também ganhavam brinquedos porque ele sabia bem que muitas vezes muito dinheiro significava pouquíssimo afeto. Noel usava a data do natal por ser a única vez no ano em que as pessoas ficam mais solidárias umas com as outras, ajudando-se e amando-se. Todos ficavam em suas casas para se recolherem mais cedo e desfrutarem mais unidos esta data especial. Desse modo, Noel poderia passar de casa em casa, de rua em rua, de beco em beco, sem ser visto ou notado."

Muito me intrigava a história das renas que podiam voar. Eu assistia filmes infantis e entendia da minha maneira. Um dia então, depois de ser submetida a desilusão a que toda criança é, decidi procurar saber sobre esse tal Noel que eu tanto admirava. Descobri, então, que eu não admirava uma história, um fantasma. Ele realmente existiu.

Entre em vários sites, procurei em vários lugares. Fucei mesmo na internet e em livros a fim de ir ao fundo dessa história que é contada para as crianças de forma tão destorcida. Fiquei muito feliz ao saber que eu não fui desiludida, que o velhinho bondoso realmente existira. Bem, ele nunca foi exatamente como sempre o pintaram, mas ofato de realmente ter havido sua existência me traz um pouquinho mais de esperança. Não sobre algo tolo, mas aquela esperança inocente de criança. Posso dizer que eu resgatei ao menos 01% da minha inocência. E se para alguns isso é ruim, eu estou é achando muito ótimo!

As próximas linhas deste post irei dedicar para contar sobre o bom velhinho, a data do natal e outras coisitas mas que, sinceramente, eu vim entender somente agora. 


Origens Pagãs

Quando buscamos a verdadeira história do Natal, acabamos diante de rituais e deuses pagãos. Sabemos que Jesus Cristo foi colocado numa festa que nada tinha haver com Ele. O verdadeiro simbolismo de Natal oculta transcendentes mistérios. Esta festividade tem sua origem fixada no paganismo. Era um dia consagrado à celebração do “Sol Invicto”. O Sol tem sua representação no deus greco-romano Apolo e, seus equivalentes entre outros povos pagãos são diversos: Ra, o deus egípcio, Utudos na Babilônia, Surya da Índia e também Baal e Mitra.

Mitra era muito apreciado pelos romanos, seus rituais eram apenas homens que participavam. Era uma religião de iniciação secreta, semelhante aos existes na Maçonaria. Aureliano (227-275 d.C), Imperador da Roma, estabeleceu no ano de 273 d.C., o dia do nascimento do Sol em 25 de dezembro “Natalis Solis Invcti”, que significava o nascimento do Sol invencível. Todo O Império passou a comemorar neste dia o nascimento de Mitra-Menino, Deus Indo-Persa da Luz, que também foi visitado por magos que lhe ofertaram mirra, incenso e ouro. Era também nesta noite o início do Solstício de Inverno, segundo o Calendário Juliano, que seguia a “Saturnalia” (17 a 24 de dezembro), festa em homenagem à Saturno. Era portanto, solenizado o dia mais curto do ano no Hemisfério Norte e o nascimento de um Novo Sol. Este fenômeno astronômico é exatamente o oposto em nosso Hemisfério Sul.

Estas festividades pagãs estavam muito arraigadas nos costumes populares desde os tempos imemoráveis para serem suprimidas com a advento do Cristianismo, incluso como religião oficial por Decreto por Constantino (317-337 d.C), então Imperador de Roma. Como antigo adorador do Sol, sua influência foi configurada quando ele fez do dia 25 de dezembro uma Festa Cristã. Ele transformou as celebrações de homenagens à Mitra, Baal, Apolo e outros deuses, na festa de nascimento de Jesus Cristo. Uma forma de sincretismo religioso. Assim, rituais, crenças, costumes e mitos pagãos passam a ser patrimônio da “Nova Fé”, convertendo-se deuses locais em santos, virgens em anjos e transformando ancestrais santuários em Igrejas de culto cristão. Deve-se levar em consideração que o universo romano foi educado com os costumes pagãos, portanto não poderia ocorrer nada diferente.

Todavia, o povo cristão do Oriente, adaptou esta celebração para 6 de janeiro, possivelmente por uma reminiscência pagã também, pois esta é a data da aparição de Osíris entre os egípcios e de Dionísio entre os gregos.

Jesus, o “Filho do Sol”

No quociente Mitraísmo/Cristianismo se observa surpreendentes analogias. Mitra era o mediador entre Deus e os homens. Assegurava salvação mediante sacrifício. Seu culto compreendia batismo, comunhão e sacerdotes. A Igreja Católica Romana, simplesmente “paganizou” Jesus. Modificou-se somente o significado, mantendo-se idêntico o culto. Cristo, substituiu Mitra, o “Filho do Sol”, constituindo assim um “Mito” solar equivalente, circundado por 12 Apóstolos. Aliás, curiosa e sugestivamente, 12 (n. de apóstolos), coincide com o número de constelações. Complementando as analogias astronômicas: a estrela de Belém seria a conjunção de Júpiter com Saturno na constelação do ano 7 a.C, com aparência de uma grande estrela.

Nova Ordem

Uma nova ordem foi estabelecida quando o decreto de Constantino oficializa o Cristianismo. Logo, livres de toda opressão, os que então eram perseguidos se convertem em perseguidores. Todos os pagãos que se atrevessem a se opor as doutrinas da Igreja Oficial eram tidos como hereges e dignos de severo castigo.
Culto às “Mães Virgens”

No Antigo Egito, sempre existiu a crença de que o filho de Ísis (Rainha dos Céus), nasceu precisamente em 25 de dezembro. Ísis algumas vezes é “Mãe”, outras vezes é “Virgem” que é fecundada de maneira sobrenatural e engravida do “Deus Filho”.

Tal culto à “Virgem” é encontrado entre os Celtas, cujo a civilização, os druídas (sacerdotes), praticam o culto baseado em um “Deus Único”, “Una Trindade”, a ressurreição, a imortalidade da alma e uma divindade feminina: uma “Deusa-Mãe”, uma “Terra-Mãe” e uma “Deusa Terra” também virgem, que se destinava a dar à luz a um “Filho de Deus”.

Este culto as “Deusas Virgens-Mães” está reiterado em muitas religiões e mitologias, inclusive civilizações pré-colombianas, como em numerosas mitologias africanas e em todas as seitas iniciáticas orientais.
A reconfortante imagem do arquétipo “MÃE” é primordial para existência humana. Este arquétipo pode assumir diversas formas: deusas, uma mãe gentil, uma avó ou uma igreja. Associadas a essas imagens surgem a solicitude e simpatia maternas, o crescimento, a nutrição e a fertilidade.

Culto ao “Deus-Herói”

Como afirmei, a concepção de uma “Rainha dos Céus” que dá à luz a um “Menino-Deus” e “Salvador” corresponde a um arquétipo básico do psiquismo humano e tem sua origem nos fenômenos astronômicos. Enviado por um “Ser Supremo”, que é o PAI, o FILHO assume suprimindo o PAI, como acontece em todas as sagas gregas, indo-européias e diversas culturas. Coincidentemente, existe um padrão constante que quase sempre expressa o mesmo propósito: fazer do FILHO um HERÓI, que cumpre o mandato do PAI, sucedendo-o. Este HERÓI se faz causa de um ideal primeiro que se move ao longo da História como MODELADOR de uma cultura.

A versão do nascimento e infância de Jesus é uma repetição da história de muitos outros Salvadores e Deuses da humanidade. Ilustra bem a figura do “Arquétipo Herói”, comuns em qualquer cultura e que seguem sempre a mesma fórmula. Nascidos em circunstâncias misteriosas, logo exibe força ou capacidade de super-homem, triunfa na luta contra o mal e, quase sempre, morre algum tempo depois.
Este arquétipo reflete o tipo de amadurecimento sugerido pelos mitos: nos alerta para ficarmos atentos as nossas forças e fraquezas internas e nos aponta o conhecimento como caminho para se desenvolver uma personalidade saudável.

“Anexo a nossa consciência imediata”, escreveu Carl Jung, “existe um segundo sistema psíquico de natureza coletiva, universal e impessoal, que se revela idêntico em todos os indivíduos”. Povoando este inconsciente coletivo, afirmava, havia o que chamava de “arquétipos”, imagens primordiais ou símbolos, impressos na psique desde o começo dos tempos e, a partir de então, transmitidos à humanidade inteira. A MÃE, o PAI e o HERÓI com seus temas associados, são exemplos de tais arquétipos, representados em mitos, histórias e sonhos.

Eis que nasce Papai Noel

Com o passar do tempo, de gerações que foram sucedendo-se, veio o esquecimento e nem Mitra, nem Apolo ou Baal faziam mais parte do panteão de algum povo. Acabou restando somente símbolos: a árvore, a guirlanda, as velas, os sinos e os enfeites. Até que no séc. IV, mais exatamente no ano de 371, uma nova estrela brilha em nosso céu e na Terra nasce Nicolau de Bari ou Nicolau de Mira. A generosidade a ele atribuída granjeou-lhe s reputação de mágico milagreiro e distribuidor de presentes. Filho de família abastada, doou seus bens para os pobres e desamparados. Entretanto, tecia um grande amor pelas crianças e foi através delas que sua lenda se popularizou e que Nicolau acabou canonizado no coração de todas as pessoas.

No fim da Idade Média, ainda “espiritualmente vivo”, sua história alcançou os colonos holandeses da América do Norte onde o “bom velhinho” toma o nome de “Santa Claus”. Ao atravessar os Portais do Admirável Mundo, muito sobre o que ele foi escrito lhe rendeu vários apelidos, como: “Sanct Merr Cholas”, “Sinter Claes” ou “Sint Nocoloses”, e é considerado sempre como padroeiro das crianças.

O Papai Noel Ocidental

Até aproximadamente 65 anos atrás o Papai Noel era, literalmente, uma figura de muitas dimensões. Na pintura de vários artistas ele era caracterizado ora como um “elfo”, ora como um “duende”. O Noel-gnomo era gorducho e alegre, além de ter cabelos e barbas brancas.

No final do século XIX, Papai Noel já era capa de revistas, livros e jornais, aparecendo em propagandas do mundo todo. Cartões de Natal o retrataram vestido de vermelho, talvez para acentuar o “espírito de natal”. A partir daí o personagem Papai Noel foi adquirindo várias nuances até que em 1931 a The Coca-Cola Company, contrata um artista e transforma Papai Noel numa figura totalmente humana e universalizada. Sua imagem foi definitivamente adotada como o principal símbolo do Natal.

A imagem do Noel continuou evoluindo com o passar dos anos e muitos países contribuíram para sua aparência atual. O trenó e as renas acredita-se que sejam originárias da Escandinávia. Outros países de clima frio adicionaram as peles e modificaram sua vestimenta e atribuíram seu endereço como sendo o Pólo Norte. A imagem da chaminé por onde o Papai Noel escorrega para deixar os presentes vieram da Holanda.

Hoje, com bem mais de 1700 anos de idade, continua mais vivo e presente do que nunca. Alcançou a passarela da fama e as telas da tecnologia. Hoje o vemos em filmes, shoppings, cinemas, no estacionamento e na rua. Ao longo desses dezessete séculos de existência, mudou várias vezes de nome, trocou inúmeras de roupa, de idioma e hábitos, mas permaneceu sempre a mesma pessoa caridosa e devotada às suas crianças. E, embora diversas vezes acusado de representar um veículo que deu origem ao crescente consumismo das Festas Natalinas, é preciso reconhecer que ele encerra valores que despertam, revivem e fortalecem os nossos sentimentos mais profundos. Sua bondade é tão contagiante que atinge tipo “flecha de cupido”, qualquer pessoa, independente de crença ou raça, o que evidencia a sua magia e seu grande poder de penetração no mundo.

A roupa do Papai Noel 

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.

Curiosidade: o nome do Papai Noel em outros países

- Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do Natal"), Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel), Chile (Viejito Pascuero), Dinamarca (Julemanden), França (Père Noël), Itália (Babbo Natale), México (Santa Claus), Holanda (Kerstman, "Homem do Natal), POrtugal (Pai Natal), Inglaterra (Father Christmas), Suécia (Jultomte), Estados Unidos (Santa Claus), Rússia (Ded Moroz).

SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS NATALINOS

PRESÉPIO

A palavra vem do hebraico e significa manjedoura, estábulo. Desde o final do século II, já havia representações do presépio. Inicialmente foram pintados nas catacumbas de Roma.

BOI E JUMENTO

Esta representação que nos chega dos escritos apócrifos (obra cuja autenticidade não foi provada), é uma linda lenda dos primeiros tempos do cristianismo. Nenhum dos textos do Evangelho fala da presença destes animais. Seria uma reminiscência do texto do profeta Habacuc, que diz que "o Messias se manisfestará entre os animais". Belo texto do século VI, conhecido como o Evangelho do pseudo-Mateus, faz a descrição da cena com o boi e o jumento. Este Evangelho apócrifo teve grande impacto no imaginário popular. Estes animais representam o calor da criação que quer ver vivo tudo o que nasce e deve viver

ANJOS CANTORES

Os anjos acntores anunciam uma boa notícia: "Glória no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade". Anjos, ou seja, mensageiros, surgem nos céus para confirmar o nascimento do Filho de Deus. Os anjos na tradição cristã natalina são representados com traços infantis, como sinal de inocência e de pureza.

ESTRELA

A estrela tem 4 pontas e 1 cauda luminosa. As 4 pontas representam as 4 direções da terra: Norte, Sul, Leste e Oeste, de onde vêm os homens para adorar a grande luz que é o Filho de Deus, além de lembrar que Ele veio para todos.

OS TRÊS REIS MAGOS

O Evangelho de Mateus é o único a relatar a vinda dos sábios do Oriente. No século V, Orígenes e São Leão Magno propõem chamá-los de reis-magos. No século VII eles ganham nomes populares: Baltazar (deformação de Baal-Shur-Usur-Baal, que protege a vida do rei), Belquior e Gaspar. Eles trazem ouro, incenso e mirra para o menino Rei, Deus e Salvador. No século XV, lhes são atribuídas etnias: Belquior (ou Melchior) passa a ser da raça branca; Gaspar, amarelo e Baltazar, negro, para simbolizar o conjunto da humanidade que vê e conhece o Salvador.

PINHEIRO DE NATAL

Tradição nascida em tempos medievais, de fundo cristão, que reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida. Peças religiosas eram representadas com grande sucesso popular nas igrejas, fazendo sempre alusão ao Paraíso, representado plasticamente por uma árvore carregada de frutos. Esta árvore do Paraíso ficou como um dos sinais das festas de Natal celebradas a partir do século XI. A atual árvore de Natal aparece na Alsácia no século XVI e no século seguinte se espalha o hábito de iluminá-la com velas. Em 1912, Boston, nos Estados Unidos, inaugura uma árvore iluminada numa das praças centrais da cidade, e isto se espalha por todo o planeta, inclusive em países não-cristãos. O pinheiro natalino mostra que mesmo no inverno mais rigoroso, o verde de seus ramos resiste e as maçãs continuam saborosas e comestíveis mesmo depois da chegada da nova e rude estação com a neve e geadas permanentes. As maçãs, hoje bolas vermelhas, presas aos galhos da árvore são sinal de vida diferenciada. Muitos colocam sob a árvore frutas secas e cristalizadas para mostrar o outro lado da vida. Somente nste século XXcomeçamos a usar o pinheiro como árvore-símbolo dos vegetais que jamais perdem as suas folhas diante da dureza do inverno do hemisfério norte.

BOLAS COLORIDAS

Simbolizam os frutos daquela árvore viva que é Jesus. São os dons maravilhosos que o nascimento de Jesus nos trouxe. São as boas ações daqueles que vivem em Jesus, como Jesus.

VELAS

Acender velas nos remete à festa judaica de Chanuká, que celebra a retomada da cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos. Na chama da vela estão presentes todas as forças da natureza. Vela acesa é símbolo de individuação e de nossos anos vividos. Tantas velas, tantos anos. E um sopro pode apagá-las para que de novo possamos reacendê-las no ano vindouro. Para os cristãos, as velas simbolizam a fé e o amor consumido em favor da causa do Reino de Deus. Velas são como vidas entregues para viver.

SINOS NATALINOS

As renas carregam sinos de anúncio e de convocação. Os sinos simbolizam o respeito ao chamado divino e evoca, quando preso em torres, tudo o que está suspenso entre o céu e a terra e, portanto, são o ponto de comunicação entre ambos.

NEVE

O toque mágico do Natal vêm com a brancura e o frio da neve no hemisfério norte que exigem das pessoas que se guardem das ruas e convivam mais dentro das casas.

CARTÕES, PRESENTES E CEIA DE NATAL

A ceia nos lembra o ato de Amor de Jesus. Lembra também nossa origem judaica enquanto religião que celebra a fé em torno de uma mesa de família.

PAPAI NOEL

São Nicolau, chamado Santa Klaus, bispode Myra, na Lícia antiga, sudoeste da Ásia Menor, da atual Turquia. Durante o século IV, este homem de fé marcante foi transformado legendariamente neste Papai universal e proveniente que oferece às crianças presentes, brinquedos e carinhos da terceira idade.O atual Papai Noel, de roupa vermelha e saco às costas, nasce nos Estados Unidos na metade do século XIX, como um São Nicolau transmudado em gnomo ou duende e, logo em seguida foi transformado em um simpático velhinho. Ele é introduzido na Europa depois da Primeira Guerra Mundial e se impõe pouco a pouco pela pressão comercial e daqueles que querem festejar o Natal sem referências religiosas.




Bem, agora que você assim como eu já sabe de quase tudo sobre o natal, reflita consigo mesmo (a):
Por que não fazer de todos os dias do ano um Natal?
Por que esperar pelo Natal para dizer o quanto ama seus amigos e família?
Por que esperar até o Natal para ser amável e gentil?
Por que esperar pelo Natal para demonstrar seu carinho?
Por que esperar pelo Natal para viver um momento de paz?
Por que não fazer cada dia um Natal?
Por que esperar?


Feliz Natal!

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